Resposta(s).

Mais valia ficar calado. Pensei. 
Foi daquelas vezes que a escrever algo para alguém sentia que não devia estar a escrever-lo, por diversas razões. Vivo (vivemos) num mundo em que uma resposta, mesmo que óbvia, é imperativo. Senti-mos uma imensa falta de confirmação do outro lado mesmo que sabemos totalmente a resposta. 

Não estava desse lado. Foi-me impingida uma resposta mesmo depois de ter explicado um tanto antes. Exigiram, mesmo eu achando que não precisava dizer mais nada, e eu assim o fiz.

Fiquei eternamente sem resposta. Não disse nada novo, não mudei o meu comportamento mas, mais uma vez, fui sincero. Exigir algo e não conseguir suportar o peso da resposta é dar ao outro uma bofetada bem grande. Por outro lado, ajuda a perceber como são as pessoas face a uma sinceridade amiga. 

Não deixo de sentir ternura porque alguém que já amei mas, consigo distanciar-me, colocar-me no meu lugar segundo o que acredito. Não deixo de sentir preocupação. Não deixo de querer que sejam claros os meus objetivos, as minhas emoções. Não deixo de sentir só porque alguém finge não sentir. 

Já estive perdido, já estive sem saber o que fazer e, se um dia me quis afastar, fí-lo de forma a que a pessoa ouvisse isso e percebesse o porquê. 

Hoje estou eu sem resposta a uma mensagem que a merecia. Sei que a dor não é fácil de gerir e quando envolve o coração ainda pior mas, a verdade, é que quando o meu estava bem mal foi o único que o suportou até ele cair. Nesse altura as respostas eram escassas do outro, a atenção e preocupação eram quase inexistentes. Nessa altura as discussões eram sobre assuntos que eram tudo menos relevantes. 

Hoje, hoje estou aqui. Estou bem porque eu não falhei, mais uma vez. Amar é complicado, perceber o amor ainda mais mas, usar o amor que se tem ou teve como uma arma de arremeço para auto proteção não é o melhor. O amor é aquilo que quisermos menos usá-lo para destruir os sentimentos dos outros. Terminado. 

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