Penso no que disses-te, no que eu disse. Nas mentiras, nas ilusões, nos actos sem nexo. 

Disse-te a ti mas, este “tu”, tem vários nomes, feitios, personalidades. 

Sei que é algo que tenho como encerrado para toda a gente mas, sei que para mim, não está. A decisão foi tomada de forma consciente, os factos são inegáveis, o decurso de tudo foi simples, sem margem para dúvidas. 

Foi a decisão mais fácil que já tomei porque era a única que podia tomar. Mas também foi a que mais doeu. A que mais custa aceitar.

Sei que isto não acabou e que um dia vou me cruzar com estilhaços do que tem acontecido. 

Acho que tenho evitado a todo o custo desviar me das coisas que sei que me vão magoar mas mais cedo ou mais tarde...

Inevitável...terminado. 

Achei que era um riso como se não te acreditasses que tinha dito aquilo. 

Quando repeti, riste-te e beijaste-me. 

...

Acho que nunca achaste que fosse verdade. 

Acho que nunca te tinham dito daquela maneira simples, sincera e com ternura. 

Acho que no fundo tiveste medo porque aquela palavra te lembrava momentos maus. 

A partir daí tudo começou a descarrilar. 

Notaram-se as divergências nos actos, nos sentimentos, nas palavras, nos olhares. 

Tu tinhas medo e eu tinha toda uma atitude de apaixonado e feliz. 

Não passou de uma ilusão, para mim. Principalmente, quando percebi que era o único apaixonado.